domingo, 20 de fevereiro de 2011

É a hora


O apito do trem soa alto.
O pulsar do meu peito escapa do meu controle com intensidade nunca vista.
As pessoas se levantam para embarcar.
Mas meus pés não se movem.
Estou com a cabeça apoiada sobre os braços e braços apoiados sobre as pernas como a buscar um equilíbrio a muito perdido.
O olhar vaga na lágrima caída.
O apito do trem soa alto é o ultimo chamado.
O destino é a cidade que todos querem ir, a felicidade mediana é garantida lá.
Para quem fica, 1 chance em 100 de ter felicidade maior e nesse caso ela é máxima. Para os demais só arrependimento.
Conseguirei embarcar? Existe alternativa?
A terra da normalidade está longe, é pegar ou largar.
O trem já se move.

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