domingo, 20 de fevereiro de 2011

Futuro


A correnteza não pára pelas rochas, ela as sobrepõe
O velho lamenta a perda da criança que já foi, mas se alegra pelas crianças que gerou
O sábio se orgulha por observar a luz de estrelas que morreram há vários anos
Distancia confunde a verdade
Se tem sombra ajunta poeira
Se é de água seca
Se é de carne apodrece
Se é amor floresce
Ah se é amor enobrece, cria, liberta e se esquece
Não se detém explosivo em combustão
Não se detém ganancia de quem tem ouro na mão
Não se detém tempestades
E lágrimas de moça triste são tempestades
Cada um é único e você é o que fizerem de você
Nem mar, nem vento nem natureza alguma se vence
A natureza do homem é complicada
O futuro a Deus pertence
Destino é balança de força
Minha alma é muito, muito forte.

É a hora


O apito do trem soa alto.
O pulsar do meu peito escapa do meu controle com intensidade nunca vista.
As pessoas se levantam para embarcar.
Mas meus pés não se movem.
Estou com a cabeça apoiada sobre os braços e braços apoiados sobre as pernas como a buscar um equilíbrio a muito perdido.
O olhar vaga na lágrima caída.
O apito do trem soa alto é o ultimo chamado.
O destino é a cidade que todos querem ir, a felicidade mediana é garantida lá.
Para quem fica, 1 chance em 100 de ter felicidade maior e nesse caso ela é máxima. Para os demais só arrependimento.
Conseguirei embarcar? Existe alternativa?
A terra da normalidade está longe, é pegar ou largar.
O trem já se move.