Estive pensando no que seria o AMOR. Esse sentimento ou ação que inspira os poetas do mundo, os escritores, músicos e todos que se dedicam a observar a vida com uma sensibilidade maior.
Ai pensei na primeira manifestação do amor.
A amizade.
Constatei infelizmente que amigos vêm e vão. Que aquela pessoa que você acredita que pode confiar não está lá na hora que você mais precisa. E que sua ausência faz falta só no primeiro mês. Depois você é esquecido.
Minha mãe é voluntária da ala de neurologia do hospital de base, ela conta que tem tantas pessoas que estão na cama a vários anos que as escaras já alcançam os ossos. Vegetais que já foram homens e tiveram seus amigos. Mas nenhum deles está la para segurar-lhes aos mãos ou virár-lhes o corpo na cama.
Não digo isso com ar de indignação, é só uma constatação normal, eu ou qualquer pessoa com o tempo seguiria sua vida e abandonaria aquele antigo amigo que agora você não reconhece.
Então seria esse amor uma ilusão? Ninguém é amigo? Somos todos aliados com os mesmo interesses e quando os interesses mudam, a amizade acaba e aquele amor superficial segue junto? Me senti mal por pensar assim.
Ai pensei no segundo tipo de amor
O amor de um casal.
Constatei que infelizmente, casais se separam. Aquele amor incondicional, aquelas declarações e promessas de que passariam tudo juntos, acabam.
“Seremos eternamente felizes”, “você é minha alma gêmea”, “por Deus, como te amo”, “daria minha vida por você”. Tudo um monte de promessas vans que surgem do sentimento natural do ser humano, a paixão. Esta que garante a reprodução da espécie.
Alguns ainda dizem que amar é buscar uma testemunha pra sua vida, porque rir sozinho não tem graça e morrer sozinho tem menos ainda.
Caramba, então não existe amor? Tudo é biológico e ilusório?
Ai em meio a esse pensamento vi essa foto

Então entendi tudo
Essa mulher pulou num fosso com água sem saber nadar porque seu filho estava se afogando.
Alguns diriam que é uma característica evolutiva da raça humana proteger a prole, atitude natural no reino animal pra garantir a sobrevivência da espécie.
Mas não me interessa o que alguns acham.
Seria racional essa mulher viver, afinal poderia ter outros filhos e pra espécie seria melhor.
Mas ela se jogou. Não pensou, só pulou.
Ah que alivio. EXISTE AMOR.
Não interessa onde você vá buscar, ele existe.
Se uma mãe pode amar tanto seu filho a ponto de se importar mais com ele do que com ela mesma então eu consigo entender um pouco o que DEUS sente por mim.
Pude ver que as tempestades imprevisível sempre passam, e o sol que ressurge atrás da destruição é a energia viva criadora de tudo. O AMOR.
Amar e doar-se, sem pedir nada em troca. Fazer tudo que puder por alguém em detrimento de você mesmo. Só sei que me sinto melhor tentando amar. Sem expectativas. Só amor. Ainda chego lá.
Nunca mais questionarei.
Um comentário:
E nem questione mesmo!
Quando eu comecei a ler o seu texto, pensei "Ah não, mais um tentando explicar ou entender o amor.." mas tudo que você disse faz todo o sentido do mundo. E sabe o que mais? O amor existe sim, mesmo nas amizades que não se vêem mais, mesmo nos casais que se separaram. Porque quando é amor, tá sempre ali, mesmo que a gente sinta raiva, saudade, alegria. Eu amei muito amigos que tive, e mesmo sem não manter mais aquele contato, sorrio pelos momentos maravilhosos e desejo intensamente a felicidade de cada um. O amor é algo que nasce de nossa essência, faz parte dela, amamos o próximo porque simplesmente amamos, o amor não é alguma coisa, ele simplesmente é, e estará sempre ali dentro, pulsando fervorosamente pela satisfação do outro...
Essa história da mãe também me comoveu muito, pois se há um amor sincero e incondicional, é o dos nossos queridos e amados pais, sejam os da terra, dessa vida, sejam os do Universo. :)
Ahhnn linkei seu blog no meu, tááá?
Foi um prazer ter te conhecido no aniversário da Bibi, Leo! ^^
Beijo e abraço da Lu! \o
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